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Read On Almada: Literatura e Arte como Pontes de Cidadania e Vozes de Inclusão

 





Na tarde luminosa de 16 de maio, os alunos do 10.º I e do 11.º E, das disciplinas de Literatura Portuguesa e Artes, participaram no Festival Read On, em Almada, onde foi lançado o novo volume da Antologia de Contos — uma coletânea de vozes jovens que escreveram e ilustraram a muitas mãos, partilhando visões do mundo marcadas pela diversidade, pela experiência e pelo sonho.

Mais do que um evento literário, este foi um momento de cidadania ativa. No palco, os nossos alunos deram testemunho do processo colaborativo de escrita e ilustração, revelando como, ao longo do projeto, a palavra e a imagem se tornaram formas de dar corpo ao que tantas vezes fica por dizer. Falaram do outro que habita em nós, da escuta mútua, da construção coletiva de sentidos e da força transformadora que nasce quando escrevemos não apenas sobre nós, mas com os outros e para os outros.

Foram histórias de inclusão, de pertença, de esperança — muitas delas criadas por jovens que vivem entre silêncios e fronteiras invisíveis, e que encontraram na escrita e na arte uma ponte para o mundo e para a vida.

A estes testemunhos somaram-se os dos professores envolvidos, que sublinharam a importância destes momentos de partilha. Destacaram a escrita como gesto de resistência e construção, como espaço de escuta ativa e de validação de percursos de vida marcados, tantas vezes, pela invisibilidade. Enalteceram o papel da escola enquanto lugar de formação integral, onde a criação artística e literária permite revelar o que de mais humano nos une: a vontade de sermos ouvidos, compreendidos e acolhidos.

A tarde culminou com a visita à exposição de livros pop-up do professor e artista José Alberto Rodrigues, que apresentou parte do seu espólio com entusiasmo e generosidade. Mostrou como cada livro pode ser também um objeto tridimensional de maravilhamento, uma escultura de papel que se ergue como símbolo da imaginação e da liberdade criativa.

O regresso a Esposende foi feito com o coração cheio e a consciência desperta. A certeza que levámos connosco foi clara: a literatura e a arte continuam a ser pontes que nos ligam

— ao outro, ao mundo, e sobretudo, a nós mesmos.

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