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 "Uma oliveira para Saramago"

As Comemorações do Centenário de José Saramago continuam! Desta feita, com "Uma oliveira para Saramago", à qual demos o nome de Blimunda, em homenagem à personagem da obra "Memorial do Convento". A acompanhar a árvore, um cartão de oferta com dois excertos da obra "As Pequenas Memórias", em que o escritor faz referência às oliveiras da casa dos seus avós.

À casa dos meus avós (…) chamavam-lhe Casalinho, e o nome do sítio era Divisões, talvez porque o olival ralo e esparso que havia em frente (…) pertencesse a diferentes donos: como se em vez de árvores se tratasse de gado, as oliveiras estavam marcadas no tronco com as iniciais dos nomes dos seus respetivos proprietários. (p.79)

Árvore venerável era também uma oliveira em cujo retorcido tronco se apoiava a vedação que dividia o quintal. Por causa das silvas que a rodeava e de um espinheiro-alvar que lhe fazia ameaçadora guarda, foi, nas redondezas da casa dos meus avós, a única árvore de porte a que nunca subi. (p.120)



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